quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

Paulo Barros não merece nota

Paulo Barros começou no Carnaval do RJ em 1994. Em 2004 estreou em uma grande escola, a Unidos da Tijuca. Ano do primeiro vice-campeonato. Em 2006 conseguiu fazer dois belíssimos “carnavais” – Estacio (A-6º  lugar) e Unidos da Tijuca (Especial-Campeão).
Estamos vivendo um novo conceito de carnaval graças a esse mestre. Parece estarmos lendo um livro ou assistindo a uma peça de teatro. A fantasia invadiu a Sapucaí. Aquele carnaval de Portela (com muito respeito), Mangueira (idem)...dentre outras, acabou. Carnaval de povão hoje é bloco. Sambódromo agora é coisa de gente grande. Gente como Paulo Barros.
Bom para os telespectadores e melhor ainda para os telexpectadores. A velha guarda precisa aprender com esse cara, pois no futuro bem próximo, todas as escolas estarão neste nível.
Rídiculo do carnaval é apenas as notas – 9,9, 9,8, 9,6. Por que não de 0 a 10 ? A diferença de 9 para dez parece aceitável. De 9,9 para 10 parece premeditado. Mas, ridículo mesmo foi o carnaval de São Paulo. Festa popular não se mistura a torcida organizada. A academia de luta livre. A mistura perfeita da folia é samba, cerveja, riso na cara. Isso é carnaval. Pode ter lágrimas, mas de emoção. A presidente da Mocidade Alegre não merecia chorar a agustia de um título rasgado por marginais. O carnaval não merece isso. Assim como o carnaval de Paulo Barros não merece nota.  Merece aplausos. Os mesmo dados ao teatro municipal ou ao Bolshoi.
“A minha emoção vai te convidar
Canta Tijuca, vem comemorar (bis)
Inté Asa Branca encontra o pavão
Pra coroar o Rei do Sertão...”

Um comentário:

  1. Leo, concordo com tudo.

    Paulo Barros redefine o conceito de carnaval. Rosa Magalhães é ótima, Joãosinho Trinta genial, mas Paulo Barros está levando o espetáculo para outro nível. Lembra um Cirque de Soleil, um Bolshoi, mas gigante.

    Eu acho que a liga de São Paulo deveria aproveitar e expulsar a Galinhões da Fiel, quero dizer, Gaviões, a Dragões da Real (ligada à Independente do São Paulo) e a Mancha Verde (Palmeiras). Carnaval não deve se misturar à torcida de futebol nem a partido político. Já pensou uma escola de samba chamada Unidos do PMDB? Ou Mocidade do DEM? Tenho amigos que torcem pela Estação Primeira de Mangueira como eu e no futebol torcem pelo time do coisa ruim (no caso, o seu time). Nos une o samba, nos separa o futebol, nada melhor para uma sociedade.

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