sexta-feira, 27 de julho de 2012

O país em que vivemos

O brado retumbante só vale em Brasilia. Quando é do interesse dos nossos governantes fala-se aos quatro cantos do país, quando não lhes interessa, calam-se todos. Berço esplêndido são os quatro anos de mandato. Às vezes oito. Mordomias, mensalões, impunidade e aposentadorias de rei para um bando de vagabundos que andam de ternos finos, carros luxuosos e seguranças. Para quê ? Para enriquecer às custas do tesouro nacional Um filho teu não foge à luta. Pudera. Se fugir morre de fome ou na fila de um hospital. Essa negociação do governo e os professores federais é o retrato fiel do Brasil ridículo. Estão tratando as reivindicações dos professores como se fosse a crise da U.E. "Vai quebrar o País !". Se nossos professores tivessem salários dignos e fossem tratados como "Doutores" como a maioria o é, na política só ficariam os bandidos. Os mestres ficariam nas salas de aula, formando pensadores, inovadores, "doutores". Fala-se em 1 bilhão de reais para a reconstrução do Maracanã. Se somarmos todas as obras só de estádios de futebol para a Copa 2014 quanto gastaremos ? Para isso temos dinheiro. Ah, e se uma obra dessas parar, rapidamente votam o escoamento do dinheiro público para bancar esses interesses privados. É mais importante bancarmos uma Copa do Mundo do que bancarmos uma educação de verdade no País. Teve um monte de gente apoiando essa Copa. Pessoas que não enxergam o país como ele realmente é. E, pessoas que vão se beneficiar diretamente com essa utopia. Defende-se: "ah, mas a copa vai gerar muitos empregos...". "Vai atrair investidores...". Etc, etc, e etc. Ladainha. O povo vai continuar o mesmo. Ganhando o que ganha, sabendo o que sabe. Estudando o que pode. Futebol na tv, churrasco e cerveja na laje. Eu quero tchu, eu quero tcha. Alguns conseguem um diploma de nível superior, um cursinho de inglês e um empreguinho mais ou menos. Aquela vida calma, com dinheiro sobrando, com uma educação de criadores e pensadores - doutores, qualidade de vida de verdade, vai continuar no mesmo bloco. Pouquíssimos brasileiros "silva" vão conseguir "honestamente" atingir um grau diferenciado. Dos filhos deste solo és mãe gentil, pátria amada brasil. Ou seja, cada um no seu quadrado.

segunda-feira, 23 de julho de 2012

O mais querido é mesmo o mais odiado

Tem gente que vem ao mundo pra rir da desgraça dos outros.
O MENGÃO mais uma vez está chamando a atenção no brasileirão. Um time sem cara, sem padrão, desorganizado como já vimos outras vezes. Quando ganha não convence, quando perde preocupa seus apaixonados e anima a arco-íris.
Estou mais torcedor do que nunca este ano, pois, todos estão menosprezando nosso MENGÃO. Parece pouco caso, ironia, deboche, mas não é nada disso. No fundo, ninguém quer sentir a pressão de jogar no mais querido. Já estou ouvindo besteiras do tipo: Ronaldinho Gaúcho está jogando "muito" no CAM. Mentira ! Está jogando o mesmo quando estava no MENGÃO. A diferença é: o time todo está bem e as vitorias estão acontecendo. A zaga do CAM não vende facil um gol do adversario.
No MENGÃO um empate em casa vira crise. Se "a estrela" do time não faz gol e o time perde, vira crise. Se o time estiver ganhando de três a zero e ceder o empate, querem a cabeça do "craque". Se na décima rodada o time estiver no meio da tabela já falam em rebaixamento. Tudo bem que o futebol apresentado até agora dá esse tipo de alerta mesmo, mas não esqueçam: enquanto estão rindo e fazendo piadas aqueles que o odeiam, estão provocando aqueles que o amam. Toda vez é isso. A maior torcida do mundo acorda e empurra o time para vencer na marra. Sem padrão, sem técnica, sem craque, sem ídolo. VENCER, VENCER, VENCER !
Não será nenhum absurdo se nas últimas rodadas estivermos lutando mais uma vez pelo título brasileiro. Piada ? Não. Ainda é cedo para qualquer previsão. Estão rindo cedo demais. Já superamos crises piores e situações de tabelas bem desfavoraveis. Depois da era ZICO não lembro de o MENGÃO ter formado grandes equipes e ter feitos belos campeonatos. Sempre vi superação e raça. Os títulos - não foram poucos - aconteceram sempre com um gostinho de "quem rir por último rir melhor".
O fluminense está bem, porém, com o elenco gigante que tem não precisava jogar como time pequeno, mas o resultado é o que interessa. "Se" parar de dar certo, logo vão pedir a cabeça do retranqueiro Abel.
O vasco está bem, porém, o futebol apresentado em casa é tão ruim que mesmo quando ganha a torcida vaia, mas o resultado é o que interessa. A tabela fala por si só.
O botafogo está bem, porém, não convence ninguém. A atual situação do botafogo "se" fosse com o  MENGÃO já seria considerada crise.
Estão rindo da desgraça do outros, mas não estão vendo seus próprios problemas, mas o resultado é o que interessa. Quando a bola não entra a favor, o placar, os três pontos e a tabela castigam. Muito porém, tem muita água pra rolar por baixo dessa ponte. Aguardem !

quinta-feira, 5 de julho de 2012

Lição de vida em muitos sentidos

Por que o Emerson (Sheik) saiu do MENGÃO ? Por que o Emerson (Sheik) saiu do flunimede ? Por que o Emerson (Sheik) corre tanto no curintian ? Por que o Emerson (Sheik) fez dois gols no Boca em plena Final de Libertadores ? Muitos são os meninos pobres que começam em campos de várzea com um par de chuteiras velhas e dispontam para o futebol mundial. Hoje, uma das melhores fontes de renda de muita gente; jogadores, procuradores, empresarios, dirigerentes, laranjas, ratos e cartolas. Mas por que alguns desses meninos resolvem brigar com tudo e todos (Carlos Alberto), deixam de treinar e de se cuidar (Adriano), se envolvem com drogas (Jobson), com crimes (Bruno/Edmundo), jogam sua profissão, a sua maior e bela fonte de renda, no lixo (vários) ?
O Emerson (Sheik), um desconhecido jogador brasileiro até pouco tempo atrás, milionario, mostra em campo o que um torcedor gosta de ver: raça e um pouquinho de inteligencia. Essa dentro e fora de campo.
É sabido a grande quantidade de clubes brasileiros devedores, porém, isso nada tem a ver com os problemas citados acima. Inteligente é o Emerson (Sheik). Se um clube começa lhe causar problemas, ele busca um novo. E, acreditem, ele não é problema para nenhum clube. Esse rapaz, menino pobre que virou milionario, ganha tudo. O cara é a prova viva que a competencia e a sorte andam sempre juntas. Essa fórmula não está presente nos clubes brasileiros. Muito menos na mente da maioria dos jogadores brasileiros. Na mente dos dirigentes...putz, está bem longe. Estamos vendo uma lambança em cima da outra.
Acredita-se que a briga pelo US$ de cada clube desencadeia boa parte desses erros que estão afundando o futebol brasileiro.
O Presidente do Barcelona está há muitos anos no poder. O clube mais rico do mundo ainda não inspirou ninguém. Por aqui, tudo é imediato. Pouquíssimas, quase nenhuma decisão tomada pra "ontem" gera frutos no amanhã. Isso é pra vida de todos nós.
O Sheik, o Emerson, sempre foi um vitorioso. Conquistou grana nos gramados bem longe do seu país. Encantou "Sheiks" com seu futebol durante muitos anos. Esse rapaz é a prova que trabalho sério, bem pago, gera resultado, mas fortuna não se faz da noite pro dia, tampouco, trabalha com eficiencia quem não tem prazer pelo que faz. Os clubes não ganham campeonatos trocando técnicos a cada três rodadas sem vencer. Até porque, se contratar o cara certo, de acordo com o elenco que você pode ter, não vai precisar trocar nem tão cedo. Não se resolve os problemas financeiros vendendo um jogador com o cabelo diferente. Não se faz um jogador correr, treinar, se cuidar, depois de um contrato assinado com as promessas de tornar um menino pobre que gostava de jogar bola em um "astro". Promessas e descaso não combinam com sucesso. O atingimento das metas precisa ser comum. O US$ deve ser a recompensa, a melhor das recompensas, mas não pode ser o início nem o meio. Seja um Emerson "Sheik" na vida independente da sua profissão.