domingo, 13 de julho de 2014

Voltei...pra falar da Copa é claro

Bem, modesta parte joguei muito futebol e não é o sentido de quantidade. E até hoje defendo uma teoria de que jogar futebol é muito fácil; basta você saber dominar e tocar a bola. A Alemanha é prova concreta disso. Lembro que algum tempo atrás ouvi um narrador esportivo, o mais idiota do Brasil, falando: a Alemanha pratica um esporte que eles chamam de futebol. Felizmente tenho TV a cabo e não sei nem as outras besteiras que ele falou depois disso. Pois é, os brasileiros que não sabem a teoria do futebol lançada por mim valorizam as pedaladas, os dribles, a caneta, o chapéu, o gol de placa, o bola cheia né ?! Aprendi a amar o futebol numa época que a maioria dos grandes clubes e seleções tinham sim um craque, uma referência, mas nenhum deles DEPENDIAM dele, ele era apenas a referência e não a solução. Fato que craques e principalmente referências estão em falta sim, mas o pior, o pior mesmo é que no Brasil não existe mais coletividade. Coletividade não é você ir a imprensa falar a favor do grupo, coletividade é equilíbrio dentro de campo. Tenho vários exemplos desde a seleção de 70 (Pelé era o craque, a referência, mas havia um equilíbrio em todos os setores) até a França de 98, onde Zidane fazia a diferença mas a seleção era toda equilibrada. Em 2002 o Brasil não tinha craque, tinha bons jogadores que associados a um equilíbrio conquistaram o Penta(Os Ronaldinhos e Rivaldo nenhum seria tão forte sem os outros dois do lado). 2006 venceu o equilíbrio coletivo italiano e mostrou o desequilíbrio do francês Zidane, que pra mim nunca foi craque, apenas era a referência, craque tem que ser o primeiro a mostrar equilíbrio. 2010 nem se fala, o equilíbrio coletivo da Espanha dispensa críticas. 2014 só um acidente tira o título da Alemanha. Acidente não, Messi, esse é craque, referência, dentro de uma seleção que não tem equilíbrio, mas pode mostrar uma coletividade na base da superação.
Pra finalizar não posso de exaltar o cara que me fez gostar de futebol: ZICO. Nunca vi esse cara dá pedalada, levar a bola pra linha de fundo e chamar dois, três adversários para tentar uma lambreta, mas coitado dos adversários que tentavam lhe roubar a bola de qualquer maneira...ficavam no chão. Isso é ser craque, referência, diferente. É fazer o improvável quando o coletivo está equilibrado para não perder mas falta esse cara para ganhar. A Alemanha de hoje não tem Messi, não tem Mathaus, não tem Zico, mas tem tanto equilibrio coletivo que vou deixar de amar o futebol se a Argentina contrariar minhas palavras, a não ser que mostre hoje um equilibrio coletivo que ainda não vi nela nesta copa.

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